segunda-feira, 9 de julho de 2012

Só sei que nada sei



Hoje é dia de resultados afixados. 


Mas antes de ser dado o arranque das considerações acerca do desempenho dos alunos nos exames nacionais, o SPO celebra a velha máxima socrática, pelas palavras de um autor nobel… 


Porque nós não sabemos, pois não? Toda a gente sabe. O que faz as coisas acontecerem da maneira que acontecem? O que está subjacente à anarquia da sequência dos acontecimentos, às incertezas, às contrariedades, à desunião, às irregularidades chocantes que definem os assuntos humanos? Ninguém sabe, professora Roux. «Toda a gente sabe» é a invocação do lugar-comum e o inimigo da banalização da experiência, e o que se torna tão insuportável é a solenidade e a noção da autoridade que as pessoas sentem quando exprimem o lugar-comum. O que nós sabemos é que, de um modo que não tem nada de lugar-comum, ninguém sabe coisa nenhuma. Não podemos saber nada. Mesmo as coisas que sabemos, não as sabemos. Intenção? Motivo? Consequência? Significado? É espantosa a quantidade de coisas que não sabemos.
Philip Roth, A mancha humana


Não se esqueçam queridos alunos, a verdadeira sabedoria é saber que tanto nos passa por saber.  

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